segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PALABIRINTRUSANDO



estou diante
do vidro opaco
da vitrine lustrosa
das peças etiquetoscas
das manequins ocas
adornadas de balangandãs 
bonecas de soberba inútil
indiferentes às pernas
que andam correm voam
enquanto outros passos ávidos e obedientes
se jogam - de entrega fácil - no produto de pano, plástico, couro
que mal cabe
nos seus corpos ansiociosos

de belezas vãs.











DA BEIRA DO CAOS
À BEIRA DO CAIS
UM CORPO TRANSBORDA PRA DENTRO
AFULINA DIMENSÕES CORPO ADENTRO
TREPIDA NOS MOVIMENTOS PARA ALÉM DO CENTRO

NA BEIRA DO CAIS:


CAOS

INQUIETA-SE NO ESPAÇO VAZIO
À BEIRA DO CAIS
ALAGA-SE NO VENTO
E SOPRA-SE NO MAR
À BEIRA DO CAOS
ABISMA-SE NO AR
PRECIPITA-SE NA MARGEM
NA BEIRA DO CAOS.






domingo, 17 de novembro de 2013


ainda lo
               o
                  oooonge se avista
longín qua se
                       sempre
       horizonte adentro
       horizontedentro
       horizondentro
        horizentro
        hoentro
        h  entro
         feito pôr do sol






EXPERIMENTOS DE MICROPOESIA

Eu tenho a alma do mundo
Me inundo
E transbordo
pra dentro de mim.



Elevo a alma
e sobrelevada
me levo



afunila o sol
a fundo
e inicia o crepúsculo
dia a dia sem pôr



entre o diante
e o distante
o receio do instante



Fragmento de um discurso antipoético:
Amores vão
Amores vêm
Amores vãos